segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Taskforce Unit PNTL


Como já vos falei de inicio fui colocado em Díli Discrit numa departamento responsável pela instrução e monitorização da TaskForce , constituída por elementos da Polícia Nacional de Timor Leste (PNTL).


Só em Díli a TaskForce é constituída por cerca de noventa elementos da PNTL , todos eles já com treino especifico em Ordem Publica e outras matérias táctico Policiais. São a primeira resposta em incidentes violentos, incidentes em grupo, manifestações, eventos desportivos e culturais, para além de todos os serviços inerentes á função de Policia.


A nível Internacional fazem parte deste departamento um UNPOL Espanhol do grupo de operações especiais, três portugueses do Corpo da Intervenção da PSP , actualmente inserido na UEP( Unidade Especial de Polícia) um croata do corpo de segurança pessoal, dois Filipinos e mais recentemente um Ucraniano da Unidade Especial de Policia Ucraniana.


Essencialmente são todos elementos com algum treino específico e “back ground” em Unidades Especiais de Polícia.

Mas a base de todo treino e do curso assenta no modelo Português de Ordem Publica.


Tentamos incutir para além de técnicas e tácticas e algumas performances físicas, um bom ambiente de coesão e unidade entre o grupo, assim como parâmetros de legalidade, na actuação e nos procedimentos policiais , que não violem as leis gerais do País assim como as leis internacionais da UN e os direitos Humanos.


Como fui colocado nesta unidade tive oportunidade de conhecer vários distritos onde fui dar formação e o curso de credenciação da TaskForce que tem uma duração de duas semanas e funciona com um carisma intensivo.


O Timor interior nada tem a ver com a cidade de Díli , o trânsito é quase inexistente e as pessoas são mais humildes e de certa forma mais amigáveis, olham para o “Malái” (estrangeiro) com uma certa curiosidade e estima e é comum acenarem ou esboçarem um gesto de cumprimento sempre que nos cruzamos com eles.

Em Díli devido uma forte presença da UN assim como toda a envolvente de ONGs e outras corporações o “Malái” torna-se comum.


As viagens por vezes são um pequeno calvário, devido ao itinerário montanhoso, a distância e as péssimas condições das vias. A titulo de exemplo para o distrito de Viqueque para percorrer cerca de 60 Km demora-se cerca de 3 horas e só é possível em veículos todo terreno se não estivermos na época das monções, porque nesse período muitas vezes devido ás derrocadas a estrada fica mesmo encerrada só sendo possível o acesso por helicóptero.


As fotos serão bastante elucidativas , das paisagens e locais por onde passei assim como do treino ....



































Até breve...

Viagem á Ilha de Jaco

Depois de trabalhar ininterruptamente durante dois meses e uns dias chegou a o momento de alguns dias do descanso merecido.

Por opção decidi ficar em Timor a visitar alguns lugares, nomeadamente Jaco uma ilha deserta, considerado por alguns como um dos mais belos lugares de Timor e da Ásia.

A ilha de Jaco localiza-se no extremo da ilha de Timor Leste.

A viagem demora cerca de 6 horas a partir de Díli, mas no final a recompensa de visitar um lugar tão especial e virgem sem a intervenção do homem é merecida.

Depois de passar por Baucau, Los Palos chegamos finalmente a Tutuala que fica num promontório, e quando julgamos que está terminada a jornada , deparamos com o pior, cerca de 8Km por uma estrada de pedras soltas e caminho quase inexistente que demora cerca de quarenta minutos a percorrer.

Depois é negociar a passagem para a Ilha com pescadores locais e o peixe que desejamos para a refeição.

A travessia de ida e volta custa cerca de 6 dólares americanos e um Atum com cerca de dois Kg já confeccionado, que escolhi de muitos peixes que tinha por opção custou a módica quantia de 5 dólares.

A ilha é deserta, não existe qualquer tipo de construção e é considerada solo sagrado para os locais não sendo possível pernoitar na mesma.



As águas são tão transparentes que é possível ter visibilidade com equipamento de Snorkeling a mais de 25 metros.

O mais impressionante é quando colocamos o equipamento e começamos a observar o ambiente aquático temos a sensação que estamos numa tela gigante. A diversidade, as mil cores, os tamanhos a proximidade de alguns peixes curiosos a nadar à tua volta com uma naturalidade impressionante fizeram daquele local um dos mais bonitos que tive a oportunidade de contemplar. O recife de coral que alberga uma diversidade imensa de vida está praticamente virgem e em nada mutilado, por duas razões: a dificuldade de acesso e os pescadores locais que o exploram (pesca) de uma forma em nada industrial com técnicas artesanais, permitindo-lhe coabitar em harmonia e dando-lhe espaço e tempo para se renovar.

Espero voltar a Jaco mas munido de uma camera fotográfica aquática para melhor partilhar a beleza natural de que vos falo…..